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»  Design Industrial e Diversidade Cultural
 
Móveis industrializados direcionados a classes sociais de menor poder aquisitivo têm apresentado, em geral, acabamentos mais rebuscados (com brilho, frisos decorativos, cromados, etc.), a exemplo dos móveis das linhas mais populares da empresa Carraro (Figuras 359 e 360).
FIGURA 359 -	CAMAS (CASAL E SOLTEIRO) E CRIADOS-MUDOS DA CARRARO (BRASIL, 2003)
FIGURA 359 - CAMAS (CASAL E SOLTEIRO) E CRIADOS-MUDOS DA CARRARO (BRASIL, 2003)

FIGURA 360 -	CONJUNTO DE MESA E CADEIRAS “CARLA” DA CARRARO (BRASIL, 2003)
FIGURA 360 - CONJUNTO DE MESA E CADEIRAS “CARLA” DA CARRARO (BRASIL, 2003)

O design de produtos do setor moveleiro no Brasil tem acompanhado certas tendências cíclicas, sobretudo no que tange aos materiais e acabamentos superficiais dos mesmos. Assim, por exemplo, houve um período em que se usou muito a imbuia, na década de 1970, mais tarde a cerejeira, nos anos de 1980. Depois, surgiu o mogno, o marfim, o tabaco, o castanho... E, conforme observa Rodrigues (2001), os estilos dos móveis mantêm um vínculo estreito com as características dos materiais utilizados (Figuras 361 a 366).
    Passou-se do ciclo do marfim para o tabaco, e deste para o castanho. É claro que cada cor destas exige um tipo de desenho. Antes do marfim nós tínhamos o mogno, e, na época deste, os nossos produtos eram bem arredondados. Na época da cerejeira, os produtos eram entalhados, o que também era uma característica. O marfim deu uma simplificada, porém não o suficiente, e foi com o tabaco que os produtos assumiram linhas retas, mais puras. Com o castanho, a tendência é continuarem as formas retas. No caso da cerejeira, por exemplo, que é uma madeira fácil de entalhar e é boa e resistente, costumava-se entalhá-la. E, de repente, veio o pinus, no qual já é difícil de dar acabamento. Mas o pinus veio como uma vela, que veio e sumiu em um instante. Então, veio o mogno, que já é mais difícil de entalhar. Então, foi deixado o entalhe, e vieram mais as formas curvas, redondas... No caso do marfim, que veio agora, as formas são bem mais limpas. E agora o tabaco veio com a moda de uns 30 anos atrás, com formas retas, quadradas, com cromados, branco. Então, atrás de uma essência de madeira vem sempre um estilo (RODRIGUES, 2001). [sem grifo no original]


FIGURA 361 -	DORMITÓRIO “RK 40” DA RUDNICK (1971)
FIGURA 361 - DORMITÓRIO “RK 40” DA RUDNICK (1971)
NOTA:  Móveis em madeira de Imbuia
FIGURA 362 -	DORMITÓRIO “ARTESANAL” DA RUDNICK (DÉCADA DE 1980)
FIGURA 362 - DORMITÓRIO “ARTESANAL” DA RUDNICK (DÉCADA DE 1980)
NOTA: Móveis em madeira de Cerejeira envelhecida
FIGURA 363 -	ESTANTES RUDNICK “MARAJÓ” E “ALPES” (DÉCADA DE 1980)
FIGURA 363 -	ESTANTES RUDNICK “MARAJÓ” E “ALPES” (DÉCADA DE 1980)
FIGURA 363 - ESTANTES RUDNICK “MARAJÓ” E “ALPES” (DÉCADA DE 1980)
NOTA: Estante Marajó em madeira de Cerejeira envelhecida, entalhada a mão; Estante Alpes em madeira de Cerejeira
FIGURA 364 -	CONJUNTO “PARATI PINUS” DA RUDNICK (DÉCADA DE 1980)
FIGURA 364 - CONJUNTO “PARATI PINUS” DA RUDNICK (DÉCADA DE 1980)
NOTA: Móveis em madeira de Pinus
FIGURA 365 -	DORMITÓRIO “IBIZA PLUS” DA RUDNICK (DÉCADA DE 1993)
FIGURA 365 - DORMITÓRIO “IBIZA PLUS” DA RUDNICK (DÉCADA DE 1993)
NOTA: Móveis em madeira de Mogno
FIGURA 366 -	DORMITÓRIO “FLEX TEEN” DA RUDNICK (2003)
FIGURA 366 - DORMITÓRIO “FLEX TEEN” DA RUDNICK (2003)
NOTA:  Móveis em madeira de Marfim
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