A diversidade cultural se expressa, deste modo, também na composição dos espaços internos dos veículos, que diferem entre determinados mercados, em vista de diferentes hábitos de uso (ver Figuras 426 e 427).
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| Figura 426 - detalhes de interior dos automóveis mercedes-benz clk (alemanha, 2004), fiat múltipla (itália, 2004) e renault scénic tentier (frança, 2004) |
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| Figura 427 - detalhes de interior do utilitário esportivo ford ecosport e do automóvel volkswagen fox (BRASiL, 2004) |
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Variam também os requisitos de uso dos produtos entre mercados diversos em função das diferentes condições ambientais, exigindo uma diferenciação dos veículos para os mesmos. Barone relata que:
Às vezes os alemães dizem, por exemplo: "Ah, nós fizemos isso aqui e não funciona". E os brasileiros falam: "Funciona! No Brasil, não é preciso por aquecimento de banco, e lá, em duas ou três semanas em um ano, faz um frio abaixo de 10 graus. Na maioria das vezes, é de 20 para 40. Então, por que vamos por aquecimento em um banco, que custa uma fortuna?". Acontece esse tipo de coisa. É a questão do tal do carro globalizado: não é por um elemento global, não adianta se por um aquecimento muito violento para uma pessoa que mora no Nordeste. Vai se vender algum carro com aquecimento central lá? Não. Ninguém compra, ou, se compra, não vai usar. Então, para quê? Estaria-se vendendo um carro mais caro, com um detalhe que é inútil. Então, esses aspectos é que são diferentes de um carro para outro. Esses inputs vêm das bases, e o "papa", alemão, aprova o que vamos fazer. (BARONE, 2001).
Variam os requisitos de uso dos produtos, em termos de dimensionamento, entre culturas diversas.
Um aspecto comum que se verifica no Brasil é o porte dos automóveis do tipo pequeno, com plataformas mais compactas. Incluem-se neste perfil automóveis de segmentos variados: hatches, sedans, picapes, peruas, utilitários esportivos e monovolumes.
Os norte-americanos geralmente apreciam carros maiores, comparativamente aos europeus e sul-americanos (ver Tabelas 11 e 12).
| Tabela 11 - dimensões dos automóveis lincoln town car (eua, 2004), honda accord |
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Lincoln Town Car |
Honda Accord Sedan |
Mercedes-Benz C-Klasse |
VW Santana |
| Dimensões (cm) |
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| Comprimento |
547,1 / 562,3* |
481,3 |
452,6 |
460,7 |
| Largura |
219,4 |
181,6 |
196,8 |
170,0 |
| Altura |
148,8 / 149,0* |
145,0 |
142,6 |
142,3 |
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| FONTE: Elaborado por Maristela M. ONO, a partir de dados disponíveis em: <http://www.lincoln.com>; <http://www.mercedes-benz.de>; <http://www.volkswagen.com.br>. Acesso em: 25 fev. 2004 |
| NOTA: * Versões Ultimate L e Executive L |
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| Tabela 12 - dimensões dos utilitários esportivos ford ecosport (brasil, 2004), ford explorer (eua, 2004) e ford excursion (eua, 2004) |
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Ford EcoSport |
Ford Explorer |
Ford Excursion |
| Dimensões (cm) |

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| Comprimento |
422,8 |
481,33 |
575,8 |
| Largura |
173,4 |
183,13 |
202,9 |
| Altura |
162,2 |
181,35 |
204,2 |
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| FONTE: Elaborado por Maristela M. ONO, a partir de dados disponíveis em: <http://www.gustacar.hpg.ig.com.br>; <http://www.fordvehicles.com>. Acesso em: 25 fev. 2004 |
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Há, inclusive, empresas norte-americanas que transformam automóveis, jipes e picapes em limusines, a exemplo do jipe Hummer H2, da General Motors, que vem sendo transformado por oficinas especializadas em limusine, com 10 metros de comprimento e capacidade de transporte de 20 pessoas (ver Figura 429).
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| Figura 429 - ford “excursion 200”, adaptação de picape ford para limusine, da empresa ultra (EUA, 2001) e lincoln town car 100”, adaptação do automóvel lincoln town car para limusine, da empresa american custom coach (eua, 1998) |
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