| Tabela 13 - dimensões do automóvel ford escort para o mercado norte-americano e brasileiro (1990) |
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| Dimensões (cm) |
Ford Escort (EUA)* |
Ford Escort (BRASIL) |
| Comprimento |
431,8 |
402,2 |
| Largura |
169,4 |
164.0 |
| Altura |
133,4 |
132,2 |
| Capacidade do porta-malas |
490 |
290 |
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| FONTE: Elaborado por Maristela M. ONO, a partir de dados disponíveis em: Revista QUATRO RODAS, ano 30, n. 06, São Paulo, 1990, p. 100 |
| NOTA: * Modelos Poly e LX |
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Observam-se diferentes graus de preocupação entre os países, com relação aos portadores de necessidades especiais. No Japão, por exemplo, há automóveis, cujo banco de motorista gira para o lado da porta, a fim de facilitar o acesso e a acomodação do portador de necessidades especiais, dispositivos que facilitam a colocação da cadeira de rodas no bagageiro, comandos de marchas e freio acoplados ao volante, etc. (ver Figura 430).
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| Figura 430 - automóvel toyota, com dispositivos A PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS (japão, 2003) |
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| Figura 431 DETALHES DE INTERIOR DO AUTOMÓVEL NISSAN CEDRIC, MOSTRANDO DISPOSITIVOS DE COMANDO DE MARCHAS E FREIO PARA PESSOAS PORTADORAS DE NECESSIDADES ESPECIAIS (JAPÃO, 2004) |
NOTA: Itens opcionais |
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Os requisitos de uso dos produtos variam entre culturas distintas também quanto à segurança.
Air-bag para o motorista, por exemplo, ainda não é exigido como item de série no Brasil, diferentemente da Europa, Estados Unidos e Japão, dentre outros. E há certos modelos, inclusive, que sequer oferecem-no como acessório opcional no Brasil (ver Quadro 58).
| Quadro 58 - itens de série e opcionais do automóvel honda fit para o mercado brasileiro e japonês (2004) |
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| Itens |
Honda Fit
(BRASIL) |
Honda Fit
(JAPÃO) |
| LX |
LXL Automático
CVT |
1.5T |
W |
A |
Y |
| Air bag motorista |
S |
S |
S |
S |
S |
S |
| Air bag passageiro dianteiro |
O |
O |
S |
S |
S |
S |
| Side-bags dianteiros |
- |
- |
S |
S |
S |
O |
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| NOTA: (-) Não Disponível; (O) Opcional; (S) De série |
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Os painéis de caminhões ilustram as diferenças de requisitos ergonômicos, em vista da diversidade cultural entre mercados. Os motoristas de caminhões brasileiros, por exemplo, demandam diferentes posicionamentos do freio da carreta e do rádio, em relação aos europeus.
O painel tem que ser adequado para o brasileiro. Nós estamos, inclusive, tendo um pouquinho de conflito no momento, no desenvolvimento de um painel, porque o brasileiro já criou uma imagem de um painel para ele, e não adianta querer fazer diferente, porque ele não aceita. O freio da carreta, por exemplo, tem que estar atrelado ao volante, logo abaixo do volante, para que o motorista, com o dedo, possa ir dosando o freio bem gradativamente. O brasileiro gosta de uma dosagem bem suave. Já o europeu tem um outro botão que ele aperta, que vai travando, quase que repentinamente, a carreta.
No acesso às coisas, por exemplo, o europeu concorda que o rádio esteja em cima, no teto, enquanto que o brasileiro já não quer mais lá no teto. Nós já fizemos isso, e caímos do burro. O brasileiro quer o radio embaixo, no painel, porque senão ele se distrai muito, e dirigir um caminhão de quarenta e cinco toneladas não é muito fácil.
Então, são situações diferentes para o cliente brasileiro. (ENTREVISTADO Z, 2001).
Os norte-americanos “têm aqueles caminhões com cabines, onde eles moram. No Brasil também é comum dormir-se dentro do caminhão. Na Europa, já não é”. Em vista disto, os caminhões norte-americanos costumam ter suas cabines bem maiores e com mais equipamentos (têm banheiro, armários, mesa, TV, forno de microondas, refrigerador, fogão, etc.) que os europeus, sul-americanos e asiáticos. “Lá eles querem uma coisa, e aqui os caras querem outra”, afirma Holzmann (2001) (ver Figuras 441 a 445). |
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